O Banco da Inglaterra cortou sua taxa de juros de 5% para 4,75%, marcando apenas a segunda redução desde 2020. A decisão, que teve uma votação de 8 a 1, superou as expectativas de analistas que previam uma votação mais apertada. O presidente do banco central, Andrew Bailey, enfatizou a necessidade de cautela, afirmando que não se deve reduzir a taxa de juros de forma rápida ou excessiva, para garantir que a inflação se mantenha próxima da meta estabelecida.
A instituição também analisou as consequências do recente orçamento da ministra das Finanças, Rachel Reeves, que prevê aumentos significativos de impostos e gastos. O Banco da Inglaterra projetou que essas medidas poderiam aumentar o tamanho da economia britânica em aproximadamente 0,75% no próximo ano, mas não teriam um impacto significativo nas taxas de crescimento a longo prazo. Além disso, a inflação deve subir para cerca de 2,5% até o final deste ano, superando a taxa de 1,7% registrada em setembro, e alcançará 2,7% no final do próximo ano.
Embora o Banco da Inglaterra tenha reduzido sua previsão de crescimento econômico para este ano de 1,25% para 1%, ele aumentou a projeção para 2025 de 1% para 1,5%. Essa mudança reflete uma expectativa de crescimento mais robusto impulsionado por consumo e investimento governamental, compensando o efeito dos impostos mais altos sobre a economia. A instituição reiterou a importância de um ajuste gradual nas taxas de juros, dependendo da evolução econômica nas próximas semanas e meses.