O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (14) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um crescimento de 1,1% no terceiro trimestre de 2024, após ajuste sazonal. Esse resultado é um sinal de desaceleração leve em relação ao segundo trimestre, quando o índice teve uma expansão de 1,2%. No entanto, é o quarto trimestre consecutivo de crescimento, após uma retração no terceiro trimestre de 2023. A previsão do IBGE para o PIB oficial será divulgada em 3 de dezembro, e a expectativa é de que a economia continue a se expandir, apesar de um ritmo mais moderado.
A atividade econômica tem superado as expectativas do mercado, com revisões para cima das projeções de crescimento. Recentemente, economistas aumentaram suas estimativas de expansão para 3,10% neste ano, em comparação com 2,7% previstos anteriormente. O Banco Central também revisou suas estimativas, passando de 2,3% para 3,2% de crescimento para 2024, destacando um mercado de trabalho dinâmico, mesmo com a elevação das taxas de juros para controlar a inflação. A taxa básica de juros foi ajustada para 11,25% ao ano, a terceira maior do mundo em termos reais.
Em setembro, o IBC-Br registrou um crescimento de 0,8% em relação ao mês anterior, consolidando dois meses consecutivos de expansão. Comparado a setembro de 2023, o crescimento foi de 5,1%. Esse desempenho reflete a continuidade da recuperação econômica, com aumento de 3,3% nos primeiros nove meses do ano, quando comparado ao mesmo período de 2023. O IBC-Br, embora seja um indicador útil para estimar o desempenho do PIB, utiliza uma metodologia diferente da do IBGE, não considerando a demanda agregada, mas focando na produção de bens e serviços.