Pela primeira vez em quase três meses, o Banco Central (BC) intervirá no mercado de câmbio para conter a alta do dólar. Em um esforço para estabilizar a moeda, a autoridade monetária realizará dois leilões de até US$ 4 bilhões em reservas internacionais, com compromisso de recompra. Os leilões ocorrerão na quarta-feira (13), com cada um oferecendo até US$ 2 bilhões. A recompra do montante vendido será feita em 2025, com prazos em 2 de abril e 2 de julho, dependendo da data do leilão.
A última intervenção do BC no mercado de câmbio ocorreu em 30 de agosto de 2023, quando foram vendidos US$ 1,5 bilhão de reservas internacionais, sem a promessa de recompra. Já os leilões de linha, operações com compromisso de recompra, não aconteciam desde janeiro de 2023, quando o BC vendeu US$ 2 bilhões, com recompra programada para os meses seguintes. A decisão de retomar esses leilões surge em um cenário de instabilidade no mercado cambial, que tem gerado preocupações sobre a valorização do dólar.
Apesar da volatilidade recente, a cotação do dólar se manteve praticamente estável na terça-feira (12), fechando o dia a R$ 5,77, com leve alta de 0,01%. Durante o dia, a moeda norte-americana atingiu um pico de R$ 5,79, mas sem grandes variações. A intervenção do Banco Central visa mitigar pressões sobre o real e garantir maior previsibilidade para a economia brasileira, mantendo a confiança no mercado de câmbio.