O Banco BPM, segundo maior banco da Itália em ativos, rejeitou a oferta do UniCredit, argumentando que a proposta de US$ 10,6 bilhões subvaloriza o negócio. O UniCredit havia feito uma oferta integral de ações, avalizando o Banco BPM em 10,1 bilhões de euros, como parte de sua estratégia para fortalecer sua posição no mercado italiano, especialmente no norte do país, onde o Banco BPM possui uma grande presença. A proposta oferecia um prêmio de 0,5% sobre o valor das ações do Banco BPM na sexta-feira, mas foi considerada insuficiente pela administração do banco visado.
O Banco BPM destacou que o montante oferecido não reflete sua rentabilidade ou o potencial de criação de valor para seus acionistas, já que representava um desconto de 7,6% em relação ao valor das ações no dia da oferta. Além disso, a administração do Banco BPM expressou preocupação com a incerteza gerada pela investida do UniCredit, especialmente considerando os esforços contínuos do banco em expandir suas operações, como a oferta recente pela gestora de ativos Anima Holding e a aquisição de uma participação no Banca Monte dei Paschi di Siena.
O movimento do UniCredit reflete seu objetivo de aumentar sua participação no mercado italiano e consolidar sua presença no setor bancário, mas também levanta questões sobre a viabilidade de uma integração tão grande em um contexto de incertezas econômicas. O Banco BPM, por sua vez, segue avançando com seus próprios planos estratégicos e busca defender seus interesses no mercado. A negociação deverá se estender nos próximos meses, com as partes envolvidas mantendo uma postura firme em relação aos seus objetivos.