A 29ª edição da Cúpula das Partes (COP 29) começou nesta segunda-feira em Baku, Azerbaijão, destacando um compromisso global em prol do clima em um ano marcado por recordes de calor e eventos climáticos extremos. Sob o slogan “Em solidariedade por um mundo sustentável,” o evento ocorre sem a presença de líderes dos Estados Unidos, Brasil, China e Rússia, levantando questionamentos sobre o impacto dessas ausências nas negociações. Os azeris, anfitriões da cúpula, têm como principais desafios a definição de novas metas de emissões, o financiamento climático, a adaptação às mudanças climáticas e a transição energética.
Em discurso de abertura, o secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, apresentou um alerta contundente sobre a gravidade da crise climática, utilizando o exemplo de Florence, uma senhora de 85 anos que perdeu sua casa devido a um evento climático extremo. Stiell enfatizou a importância dos acordos anteriores, que ajudaram a evitar um aquecimento global potencialmente catastrófico de até cinco graus, reforçando a relevância da COP como um espaço vital para pactos que contribuam para a mitigação do aquecimento global.
Entre os desafios globais debatidos, destacou-se a necessidade de regulamentações rígidas para os mercados de carbono e a criação de indicadores claros para mensurar a adaptação climática, especialmente em países em desenvolvimento. Embora o discurso tenha reforçado o compromisso com o financiamento climático, alertou-se para a urgência de resultados concretos e mensuráveis para evitar promessas vazias e assegurar a eficácia das ações propostas. O sucesso da COP 29, portanto, depende de avanços significativos que respondam às demandas atuais da crise climática.