A escritora baiana Luciany Aparecida, finalista do Prêmio Jabuti 2024 com seu romance de estreia Mata Doce, vem ganhando destaque por sua abordagem literária inovadora e socialmente engajada. Criada no Vale do Jiquiriçá, suas obras refletem vivências locais e temas universais, colocando mulheres em posições de poder e protagonismo. O romance, situado em um vilarejo baiano, explora tragédias e segredos familiares, enquanto exalta a força das mulheres em contextos de diversidade e desafios sociais.
Além de sua atuação literária, Luciany é reconhecida por desenvolver diferentes assinaturas estéticas em sua trajetória. Adotando pseudônimos como Margô Paraíso, Antônio Peixôtro e Ruth Ducaso, a autora experimentou formas de performance textual, conectando-se a tradições de mulheres negras e latino-americanas. Entretanto, durante a pandemia, decidiu assumir sua identidade como forma de resistência às crescentes opressões sociais e políticas, consolidando sua presença no cenário literário com mensagens de liberdade e representatividade.
Com o sucesso de Mata Doce, Luciany já trabalha em um segundo romance, provisoriamente intitulado Tinta da Bahia, previsto para 2026. Ambientado em uma antiga fábrica de tecidos no século XIX, no Vale do Jiquiriçá, o novo livro segue com mulheres no centro da narrativa. A escritora reafirma seu compromisso em retratar histórias que dialogam com suas raízes, enquanto amplia o impacto de sua obra no panorama cultural e literário brasileiro.