A Aura Minerals divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, reportando um prejuízo de US$ 11,9 milhões, revertendo o lucro de US$ 7,8 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho negativo foi amplamente influenciado pelos contratos de hedge, que impactaram significativamente o resultado financeiro. No entanto, em termos ajustados, a companhia apresentou um lucro expressivo de US$ 43,4 milhões, comparado aos US$ 7,6 milhões do ano anterior.
O Ebitda ajustado da Aura atingiu US$ 78,1 milhões, registrando um aumento de 160,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023, impulsionado por fatores como preços mais elevados do ouro, maior controle de custos e despesas operacionais, além de um aumento de 21% no volume de vendas. A margem Ebitda ajustada foi de 50%, subindo 2286 pontos percentuais devido às melhorias operacionais e à valorização dos metais. A receita líquida também teve um crescimento significativo, alcançando US$ 156,2 milhões, o que representa um aumento de 41,1% em relação ao ano anterior.
A companhia destacou o impacto financeiro negativo de US$ 63 milhões no trimestre, um aumento de 6470,9% frente ao resultado negativo de US$ 960 mil no 3T23, principalmente devido aos contratos de hedge. As despesas operacionais aumentaram 13%, totalizando US$ 11,2 milhões, refletindo maiores investimentos em exploração, especialmente nos projetos Aura Carajás e Borborema. O endividamento líquido permaneceu estável em US$ 144,4 milhões, apesar de ter subido em comparação ao 3T23 devido à construção do projeto Borborema. Os investimentos totais no trimestre foram de US$ 60,2 milhões, com destaque para o Capex de Expansão, focado no desenvolvimento do projeto Borborema.