Em outubro, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) destinou R$ 27,4 milhões para juízes e desembargadores, somando mais de R$ 1 bilhão em pagamentos de benefícios como a Gratificação por Acúmulo de Função (GAF) e o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) no acumulado do ano. Este montante representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os gastos foram de R$ 435 milhões. Esses pagamentos são classificados como verbas indenizatórias, o que os torna isentos do limite salarial de R$ 44 mil.
O presidente do TJ-PR, Luiz Keppen, que está de saída do cargo, declarou que esses pagamentos referem-se a passivos trabalhistas e estão de acordo com as normas legais vigentes. A sucessão na presidência do tribunal tem gerado debate sobre a manutenção e valorização dos direitos trabalhistas dos magistrados, com candidatos à presidência demonstrando compromisso com a continuidade desses benefícios e com a busca de melhorias salariais para a categoria.
Esse cenário ocorre em meio a uma eleição interna no TJ-PR, onde promessas de valorização dos juízes estão em foco. O tema dos reajustes salariais é central na disputa, e os candidatos buscam apoio em um contexto de demandas crescentes por benefícios e reconhecimento dos direitos trabalhistas.