Um acordo recente entre o governo do Rio de Janeiro e a concessionária Águas do Rio pode resultar em aumentos nas tarifas de água e esgoto em 2025 e 2026. A empresa, que atende cerca de 10 milhões de pessoas em 26 cidades e 124 bairros da capital, contesta informações apresentadas no edital de licitação da Cedae em 2021. Relatórios independentes apontaram discrepâncias significativas entre os dados de cobertura sanitária descritos no edital e a realidade encontrada, gerando prejuízos financeiros para a concessionária.
A Águas do Rio afirma ter investido mais do que o previsto para atingir metas de universalização e também enfrentou redução de receitas devido ao número menor de clientes. Para compensar as perdas, a concessionária solicitou uma revisão extraordinária das tarifas. Um termo de conciliação homologado entre as partes inclui medidas como a manutenção do pagamento da outorga de R$ 3,8 bilhões ao estado e a proposta de um aumento tarifário dividido em parcelas, que está sujeito à análise da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa).
O governo do estado, no entanto, não reconhece as discrepâncias alegadas e defende que, caso seja comprovada alguma necessidade de reequilíbrio financeiro, isso será feito sem onerar a população. A Agenersa tem até outubro de 2025 para avaliar o caso e definir o percentual do reajuste, enquanto a concessionária e o governo trabalham para evitar judicialização e garantir a continuidade dos serviços.
