Desde 2013, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo na frequência e intensidade de vendavais, afetando cerca de 10 milhões de pessoas e causando mais de R$ 12 bilhões em prejuízos. De janeiro a outubro de 2024, o Inmet registrou 33 eventos de ventos fortes, dos quais mais da metade superou os 100 km/h, evidenciando uma tendência preocupante em um cenário de aquecimento global e mudanças climáticas. O impacto destrutivo desses vendavais é acentuado pela falta de estrutura em cerca de 1.500 municípios, onde a ausência de Defesa Civil organizada aumenta os riscos para a população.
Cientistas alertam que, com o aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos, a preparação e a prevenção são essenciais para minimizar os danos. Medidas como a vedação de telhados e a proteção de estruturas podem reduzir significativamente tanto os danos materiais quanto os óbitos, que poderiam ser reduzidos em até 80% com uma melhor organização de Defesa Civil. A escala de intensidade dos ventos, que começa a causar danos significativos a partir de 75 km/h, mostra a necessidade urgente de estratégias de mitigação.
No Instituto de Pesquisas Tecnológicas, estudos demonstram como as construções podem ser projetadas para resistir a vendavais, destacando a importância de reforços estruturais. Especialistas indicam que o primeiro impacto geralmente ocorre no telhado, e que medidas adequadas podem evitar danos maiores. A crescente intensidade dos vendavais reforça a urgência em investir em estratégias de prevenção e adaptação às novas realidades climáticas enfrentadas pelo país.