Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um aumento significativo na população que vive em favelas no Brasil, que agora soma 16,4 milhões de pessoas, representando 8,1% da população total. Bauru, no estado de São Paulo, apresentou um crescimento de 20,41% na população residente em favelas desde 2010, enquanto Marília, também em São Paulo, registrou uma redução de 20,56%. Em Bauru, 6.310 pessoas vivem em 15 favelas, e na maior delas, Ferradura Mirim, residem 2.389 pessoas. Em Marília, a maior favela é a Vila Barros, que abriga 592 moradores.
As condições de infraestrutura nas favelas desses municípios variam. Em Bauru, 89,94% dos domicílios têm coleta de lixo, 97,82% possuem banheiro próprio, e 79,34% são abastecidos pela rede pública de água, enquanto apenas 58,23% estão conectados ao sistema de esgoto. Em Marília, as taxas de coleta de lixo e abastecimento de água são mais elevadas, mas o acesso ao esgoto é ainda mais limitado, com apenas 40,68% de cobertura. Esses números refletem desafios significativos na oferta de serviços básicos para essas comunidades.
O perfil demográfico nas favelas de Bauru e Marília é predominantemente jovem e pardo, com taxas de alfabetização abaixo das médias municipais. Em Bauru, a taxa de alfabetização entre moradores de favelas é de 93,32%, e em Marília é de 90,82%. Esses dados sublinham a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação e a inclusão social nessas regiões. No Brasil, existem atualmente 12,4 mil favelas distribuídas em 656 municípios, revelando o impacto urbano e social das favelas e a importância de investimentos para melhorar a qualidade de vida dos seus moradores.