Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento significativo de acidentes com escorpiões, com mais de 200 mil notificações apenas no ano passado. Os dados mostram que o número de incidentes com esses aracnídeos ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 200 mil casos, superando o total do ano anterior. As ocorrências predominam em áreas urbanas, onde o escorpião-amarelo, espécie mais perigosa e adaptável ao meio urbano, é o principal responsável pelos acidentes. Especialistas alertam que as condições de alta temperatura e umidade contribuem para a proliferação desses animais, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste.
Apesar do aumento, a maioria dos casos são classificados como leves, mas há um crescimento no número de mortes associadas a picadas, que subiu de 92 para 134 no último ano. Autoridades de saúde também identificaram que a letalidade cresce conforme o tempo de espera por atendimento médico após a picada; quanto maior o intervalo, maior o risco de agravamento, especialmente em crianças e idosos. O Ministério da Saúde orienta que, em caso de picada, a vítima procure imediatamente um serviço de saúde para evitar complicações graves.
A maior parte das picadas ocorre nos pés e nas mãos, com sintomas como dor intensa e inchaço. Em alguns casos, há registros de necrose e outros efeitos mais graves. Curiosidades sobre os escorpiões, como a fluorescência sob luz ultravioleta e a capacidade de se reproduzir sem parceiro, também intrigam especialistas. Enquanto a incidência de picadas aumenta, pesquisadores e agentes de saúde reforçam a importância da conscientização e da prevenção em áreas de risco.