Cientistas estão cada vez mais preocupados com o aumento no número de mamíferos infectados pela gripe aviária, enquanto os casos em humanos continuam raros. Em um caso recente, um adolescente na província de Colúmbia Britânica, Canadá, foi diagnosticado com o vírus H5 da gripe aviária, tornando-se o primeiro caso humano registrado no país. As autoridades de saúde locais estão investigando a origem do contágio, acreditando que o jovem foi infectado por uma ave ou outro animal. Esse caso, embora raro, está sendo cuidadosamente analisado para compreender melhor o risco de exposição e a possível evolução da doença.
A gripe aviária tem sido detectada com frequência em aves selvagens e domésticas, com surtos esporádicos em animais mamíferos. Nos Estados Unidos, surtos da doença foram observados em gados, e em setembro, foi identificado um caso de gripe aviária em um residente do estado de Missouri que não teve contato direto com animais, o que aumentou a vigilância das autoridades. Apesar de esses episódios serem isolados, o número crescente de animais infectados, incluindo mamíferos, levanta preocupações sobre a possibilidade de o vírus sofrer mutações que facilitariam sua transmissão entre humanos.
Até o momento, não há evidências de transmissão direta entre humanos, mas as autoridades reforçam a importância de monitorar o avanço da gripe aviária e intensificar as medidas preventivas. O Japão, por exemplo, sacrificou recentemente cerca de 300 mil frangos para conter o avanço da doença. Especialistas alertam que um aumento significativo na taxa de transmissão entre espécies pode levar a uma mutação que possibilite a transmissão humana, ampliando o risco de uma potencial crise de saúde pública.