Quatro estados brasileiros – Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Maranhão – registraram um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por rinovírus em crianças e adolescentes, segundo dados do boletim InfoGripe, da Fiocruz. Na Bahia, entre 20 de outubro e 2 de novembro, 31 casos de SRAG por rinovírus foram registrados em jovens de até 19 anos, com maior prevalência entre crianças menores de um ano. No Ceará, desde janeiro, foram detectados 3.995 casos de rinovírus, embora a secretaria estadual não tenha detalhado quantos evoluíram para quadros de SRAG.
Outros estados, como Espírito Santo, Goiás, Amazonas e Amapá, também reportaram alta nos casos de SRAG entre a população jovem, porém sem dados laboratoriais para determinar as causas. O boletim aponta uma queda nos casos de SRAG por COVID-19 na maioria dos estados do Centro-Sul, com exceção do Rio de Janeiro, onde há um aumento entre os idosos. Além disso, onze estados, incluindo Amazonas, Amapá e Pernambuco, apresentam tendência de crescimento em casos de SRAG em todas as faixas etárias.
Segundo especialistas, o rinovírus é uma das principais causas de infecções respiratórias e circula o ano inteiro, principalmente na primavera. Embora a infecção geralmente afete as vias aéreas superiores sem grandes complicações, em crianças pequenas ou pessoas com comorbidades pode evoluir para SRAG, uma síndrome grave que atinge os pulmões. Medidas preventivas, como o uso de máscaras e o afastamento social para quem apresenta sintomas, são recomendadas para evitar a transmissão, especialmente porque não há vacina específica contra o rinovírus. A imunização contra outras infecções, como Influenza e SARS-CoV-2, continua sendo uma importante ferramenta preventiva.