O Rio Grande do Sul enfrenta um aumento preocupante nos casos de coqueluche, com um crescimento de 620% em relação ao ano anterior, alcançando o maior número em uma década. Até o momento, 166 casos da doença foram confirmados no estado, segundo o Ministério da Saúde. Este cenário reflete uma tendência observada em todo o Brasil, onde a coqueluche tem causado preocupação e, tragicamente, ao menos 12 mortes foram registradas. A doença, causada por uma bactéria altamente contagiosa, afeta tanto crianças quanto adultos e idosos, com sintomas como tosse seca persistente, falta de ar e mal-estar.
Apesar da existência de vacinas eficazes, a cobertura vacinal no RS permanece abaixo da meta de 95%, com uma média de apenas 88% do público-alvo imunizado. Especialistas destacam a importância de ampliar a vacinação, especialmente entre crianças, gestantes e profissionais de saúde, que têm um papel crucial na proteção de recém-nascidos. O calendário vacinal prevê doses da pentavalente e da tríplice bacteriana, mas a adesão insuficiente tem contribuído para o retorno de doenças evitáveis. Segundo a Sociedade de Pediatria do estado, a baixa cobertura vacinal é o principal fator por trás do aumento nos casos.
Os profissionais de saúde também são alertados para a necessidade de notificação imediata de casos suspeitos às autoridades de Vigilância em Saúde. A realização do exame PCR para Bordetella, embora limitada, é essencial para o diagnóstico da coqueluche. Diante de sintomas persistentes, os médicos são orientados a considerar a doença e iniciar o tratamento rapidamente. Especialistas reforçam que a vacinação é a medida mais eficaz para evitar o avanço da doença e proteger a população de novos surtos.