A morte de um bebê de 9 meses por coqueluche no interior da Bahia trouxe à tona o aumento de casos da doença no estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), foram registrados 81 casos suspeitos em 2023, dos quais 18 foram confirmados. O óbito ocorreu no dia 12 de novembro e foi o primeiro relacionado à doença desde 2019. A criança não havia recebido nenhuma dose das vacinas do calendário básico de imunização, o que chamou a atenção para a importância da vacinação. Durante a internação, também foram detectadas outras infecções, como Covid-19, rinovírus e adenovírus.
Os casos confirmados estão concentrados principalmente em Teixeira de Freitas, que enfrenta um surto, com 11 registros. Salvador registrou quatro casos, Bom Jesus da Lapa dois, e Euclides da Cunha um caso. A faixa etária das pessoas infectadas varia de um mês a 32 anos, sendo que 45% dos casos confirmados envolvem crianças com menos de um ano. As regiões do Extremo Sul, Centro Leste e Leste da Bahia foram apontadas como áreas de maior incidência de casos suspeitos.
A coqueluche é uma doença imunoprevenível, mas permanece um desafio de saúde pública, especialmente entre lactentes, devido à sua alta transmissibilidade e risco de complicações graves, incluindo óbitos. A Sesab reforçou a importância da vacinação como a principal estratégia para prevenir novos casos e proteger populações vulneráveis, destacando a necessidade de conscientização sobre a imunização para reduzir os impactos da doença no estado.