O Brasil registrou um aumento expressivo nos casos de afastamento por burnout, com dados do INSS indicando que, em 2023, 421 pessoas precisaram se afastar do trabalho devido à síndrome, caracterizada por esgotamento físico e mental associado à sobrecarga laboral. Esse crescimento, o maior em dez anos, reflete um aumento de 1.000% em relação a anos anteriores. Desde que foi incluída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na classificação internacional de doenças em 2022, a síndrome de burnout tem sido amplamente reconhecida como uma condição ocupacional séria.
A síndrome apresenta sintomas que podem ser confundidos com crises de ansiedade e depressão, dificultando o diagnóstico preciso e o início do tratamento adequado. A identificação do burnout exige que o médico estabeleça uma relação direta entre a condição do paciente e o ambiente profissional, uma vez que os impactos não se restringem ao trabalho, afetando também a vida pessoal. Entre os sintomas mais comuns estão a exaustão física e mental, sentimento de negatividade e queda no desempenho profissional, que podem levar a problemas graves de saúde, como transtornos psicológicos, doenças cardiovasculares e até mortalidade precoce.
O tratamento do burnout deve ser multidisciplinar, com foco em psicoterapia, mas pode incluir medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos conforme o caso. Mudanças no estilo de vida, como a prática de atividades físicas, melhoria na qualidade do sono, lazer e fortalecimento dos laços sociais, também são recomendadas. Segundo especialistas, o tratamento requer paciência e adaptação, com resultados percebidos progressivamente.