Uma auditoria conduzida pelo INSS revelou que mais de um milhão de aposentados e pensionistas tiveram descontos não autorizados em seus benefícios entre janeiro de 2023 e maio de 2024. O valor médio desses descontos, realizados em nome de associações e sindicatos, é de R$ 39,74 por mês, embora em alguns casos tenha sido maior. Apesar de os convênios para descontos serem legais, a irregularidade reside na ausência de autorização formal dos beneficiários, levando o órgão a investigar cinco entidades suspeitas, que podem ter seus contratos cancelados.
A crescente quantidade de reclamações fez o INSS intensificar medidas para coibir essa prática. Beneficiários que identificarem descontos não autorizados podem solicitar o bloqueio e a exclusão por meio de agências físicas ou da plataforma digital Meu INSS. O processo online requer o preenchimento de um formulário, anexação de documentos e validação de informações, permitindo maior agilidade na resolução do problema. O INSS garantiu que os valores descontados de forma indevida serão devolvidos aos beneficiários prejudicados.
O presidente do INSS assegurou que, na ausência de comprovação por parte das entidades envolvidas, as quantias retidas poderão ser bloqueadas para ressarcir os aposentados. Em alguns casos, beneficiários relataram ter conseguido reaver o dinheiro diretamente com as associações após contato por e-mail ou outros canais. A auditoria estimou um impacto de R$ 45,5 milhões em descontos irregulares, destacando a necessidade de maior controle e transparência nos convênios entre entidades e o órgão previdenciário.