O atentado ocorrido em Brasília foi considerado um retrocesso lamentável pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Ele destacou que o incidente, envolvendo um ato de violência em uma das principais instituições do país, não pode ser tratado como um evento isolado, mas sim como parte de um contexto mais amplo de polarização política e crescente discurso de ódio no Brasil. Mendes sugeriu que os recentes acontecimentos são um reflexo de um ambiente político marcado por desinformação e extremismo.
O ministro também se referiu à situação como resultado de um clima de fanatismo político, que teria sido amplificado por gestos e retóricas do governo anterior. Ele criticou a utilização de símbolos nacionais para fins eleitorais e alertou para a necessidade de um debate sério sobre a regulação das redes sociais, bem como sobre as propostas de anistiar os responsáveis pelos ataques às instituições públicas, ocorridos no início de 2023.
Por fim, Mendes enfatizou que a análise do que levou aos ataques de janeiro e aos episódios mais recentes deve ser central para a defesa das instituições democráticas. Ele se posicionou contra o projeto de lei que busca conceder anistia a envolvidos em ações violentas contra os Três Poderes e defendeu que é essencial discutir as raízes dos problemas de governança e da polarização para evitar que novos episódios de violência ocorram no futuro.