Um empresário conhecido por colaborar com autoridades em investigações sobre atividades criminosas foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O ataque, que aconteceu na tarde de sexta-feira (8), resultou em ferimentos em outras três pessoas, incluindo um motorista de aplicativo que segue internado em estado grave. Autoridades de saúde não divulgaram detalhes sobre o estado das vítimas a pedido das famílias, e a polícia investiga possíveis falhas ou conivência de policiais que prestavam serviços de segurança privada ao empresário no momento do crime.
Durante a investigação, foram afastados quatro policiais militares que faziam a escolta privada do empresário. Eles estão sendo questionados por suspeitas de negligência proposital e envolvimento com o ataque, já que o veículo usado pela escolta teria “quebrado” no caminho ao aeroporto, deixando o empresário desprotegido. Além disso, a polícia apura informações de que o horário do desembarque do empresário teria sido antecipado aos criminosos, sugerindo monitoramento prévio. A Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público estão conduzindo as investigações e já apreenderam celulares e veículos envolvidos para análise.
O empresário, que havia denunciado práticas de uma organização criminosa e colaborava com informações detalhadas sobre seus esquemas financeiros e outras atividades ilícitas, recusou ofertas de proteção oficial, mesmo sob risco de vida. Segundo informações preliminares, ele temia represálias devido ao seu papel como testemunha e cooperador em casos sensíveis. Investigações seguem em andamento para identificar os responsáveis e esclarecer a sequência de eventos que possibilitou o atentado dentro de um dos principais aeroportos do país.