O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, após ter sido alvo de ameaças e atentados desde o final de 2022. No Natal do ano anterior, ele havia sofrido um ataque a tiros em sua residência em São Paulo, quando fotografava a lua da janela de seu apartamento. O caso levou a uma investigação da Polícia Civil, que apurava as possíveis motivações e as conexões do empresário com uma organização criminosa.
Gritzbach atuava no mercado de imóveis de luxo e desenvolveu uma rede de relacionamentos com figuras influentes, incluindo investidores e empresários. Em um desses vínculos, ele conheceu um integrante de destaque de uma facção, conhecido como “Cara Preta”. Os dois fizeram investimentos com um terceiro parceiro, mas ambos sofreram prejuízos financeiros significativos, o que gerou desentendimentos e desconfiança entre eles. Esses conflitos financeiros teriam contribuído para as ameaças contra Gritzbach.
As investigações apontaram Gritzbach como suposto mandante de um ataque contra “Cara Preta” e seu motorista, “Sem Sangue”, devido a pressões financeiras e suspeitas de desfalques. A polícia considera que as suspeitas de traição e desvio de recursos foram os estopins que levaram ao rompimento e ao subsequente assassinato de ambos. A execução de Gritzbach no aeroporto levanta ainda mais questões sobre a relação entre o empresário e os membros da facção, que teriam oferecido uma recompensa pela sua morte, intensificando as investigações sobre o caso.