Em 2024, ao menos 13 ataques envolvendo cães da raça pitbull foram registrados no Brasil, resultando na morte de seis pessoas. Os incidentes ocorreram em diversas partes do país, com destaque para ataques fatais em São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco. Em um dos casos mais recentes, um pedreiro foi morto após ser atacado por um pitbull em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, no dia 14 de novembro. Além disso, crianças também foram vítimas da raça, com dois casos em outubro, um envolvendo uma criança de 4 anos e outro um idoso, que perdeu a vida após ser atacado por um pitbull.
Especialistas apontam que o comportamento agressivo da raça pode ser influenciado tanto pela genética, dada sua origem em rinhas, quanto pelo ambiente em que o animal é criado. O médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti esclarece que o fenótipo do cão, que é a interação entre seus genes e o ambiente, pode determinar sua tendência a comportamentos agressivos. Ele ressalta que um ambiente estressante ou negligente, como o confinamento, pode intensificar esse comportamento, assim como a forma como o cão é tratado e treinado.
Embora cães da raça pitbull possam ser treinados para se comportar adequadamente, é necessário um manejo cuidadoso e profissional, com o uso de adestramento adequado, mas sempre sem agressividade. Filetti enfatiza que, apesar da agilidade e da força da raça, um bom treinamento e cuidados diários, como alimentação balanceada e passeios regulares, são essenciais para evitar comportamentos perigosos.