Desde a noite de sábado, ataques aéreos israelenses em Gaza, Líbano e Síria resultaram em mais de 80 mortes, com várias vítimas civis, incluindo crianças. No Líbano, a cidade de Almat foi um dos locais atingidos, resultando em 20 mortes e a destruição de prédios. Ataques aéreos adicionais foram registrados em outras áreas do país, como Mashghara e Debaal, e ataques de artilharia persistem em Khiam, no sul. O Ministério da Saúde do Líbano contabilizou pelo menos 2.513 mortes e mais de 11 mil feridos desde que os confrontos com o Hezbollah se intensificaram em setembro. Israel afirmou que suas ações miraram posições do Hezbollah, que representariam uma ameaça.
Em Gaza, 41 pessoas morreram em ataques israelenses no domingo, que atingiram duas residências nas cidades de Jabalia e Gaza. Metade das vítimas eram crianças, de acordo com autoridades locais e organizações humanitárias. A Save the Children afirmou que entre os mortos havia pais, filhos e netos. Os militares israelenses alegaram que o alvo era uma infraestrutura de ameaças próximas a suas tropas. Hospitais na região, como o Kamal Adwan, enfrentam dificuldades para atender às emergências e têm recebido chamadas desesperadas de pessoas presas nos escombros. A situação humanitária é crítica, com um relatório da OMS alertando para a iminência de fome em áreas de Gaza.
Na Síria, um ataque israelense contra um edifício residencial em Sayyida Zainab, ao sul de Damasco, matou sete civis e feriu outros 20. A agência estatal SANA informou que mulheres e crianças estavam entre os mortos e que o local já havia sido alvo de bombardeios em ocasiões anteriores, devido à presença do Hezbollah. Esses ataques ocorrem em meio a pressões internacionais, especialmente dos Estados Unidos, para que Israel amenize as condições humanitárias em Gaza, com pedidos para facilitar a entrada de ajuda.