O Ministério da Defesa da Rússia informou neste domingo (10) que interceptou 34 drones ucranianos dirigidos contra a capital, Moscou, em um dos maiores ataques à cidade desde o início do conflito em 2022. O ataque causou o fechamento temporário de três aeroportos na capital e deixou uma mulher ferida, além de provocar incêndios em duas residências na localidade de Ramenskoye. As autoridades destacaram que, enquanto Kiev é alvo frequente de ataques de drones e mísseis russos, operações desse tipo contra Moscou são menos comuns.
Entre 04h00 e 07h00 GMT (01h00 e 04h00 em Brasília), a defesa antiaérea russa afirmou ter derrubado 70 drones ucranianos em seis regiões do país, incluindo 34 na região de Moscou, concentrados principalmente nos distritos de Ramenskoye e Domodedovo, ao sul da cidade. Segundo o governador da região, Andrei Vorobyov, o ataque foi de grande intensidade, e a mulher ferida foi encaminhada a um hospital com queimaduras no rosto, pescoço e mãos. A situação reforça a escalada de ações aéreas no conflito, ampliando o impacto na população civil em áreas afastadas da linha de frente.
Além disso, o Ministério da Defesa russo informou ter interceptado 23 drones ucranianos nas regiões fronteiriças de Bryansk, Rostov, Belgorod e Kursk, que costumam ser alvo frequente de ataques devido à proximidade com a Ucrânia. O governo ucraniano justificou a intensificação de suas ações como uma resposta aos ataques russos contra infraestruturas estratégicas em território ucraniano, prática intensificada desde o início do conflito em fevereiro de 2022.