Um integrante da torcida organizada Máfia Azul do Cruzeiro sofreu queimaduras e traumatismo craniano após um ataque promovido pela torcida Mancha Alviverde do Palmeiras em 27 de outubro, na Grande São Paulo. Depois de semanas internado, o cruzeirense deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual de Franco da Rocha e segue em recuperação, ainda sem previsão de alta. O incidente deixou um morto e 17 feridos, evidenciando a escalada de violência entre torcidas organizadas.
A investigação policial apontou que o ataque teria sido uma retaliação por um episódio ocorrido em 2022, onde cruzeirenses agrediram palmeirenses na mesma rodovia. Para emboscar os ônibus dos torcedores mineiros, membros da Mancha Alviverde usaram miguelitos para furar pneus e atacaram com barras de ferro, rojões e coquetéis molotov, resultando em um veículo incendiado e outro depredado. A Polícia Civil identificou sete suspeitos, sendo que um já foi detido, enquanto os demais são considerados foragidos.
A família do torcedor ferido manifestou gratidão aos profissionais de saúde que prestaram atendimento e reforçou o desejo de que todos os responsáveis sejam presos e julgados. A Justiça de São Paulo já determinou prisões temporárias para suspeitos, que devem responder por homicídio, lesões corporais e associação criminosa. Em resposta, a Federação Paulista de Futebol acatou recomendação do Ministério Público e baniu temporariamente a torcida organizada Mancha Alviverde dos estádios.