Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) conectaram o atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, a uma série de episódios de violência política e antidemocrática, destacando o vínculo com o discurso de ódio fomentado por grupos extremistas nos últimos anos. O ato de um homem, que provocou uma explosão fatal ao tentar atingir as instituições, foi interpretado como uma continuidade de um ambiente de hostilidade e polarização crescente no país. Os magistrados enfatizaram a importância de não permitir a impunidade como forma de pacificação e reforçaram o compromisso com a responsabilização dos envolvidos em atos que ameaçam a democracia.
A Polícia Federal, encarregada de investigar o atentado, está apurando se o autor agiu isoladamente ou com apoio de outros grupos. As investigações também envolvem o possível vínculo do ataque com os movimentos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O diretor-geral da PF destacou que episódios como o recente atentado não são isolados, mas fazem parte de uma série de ações investigadas por diferentes frentes, incluindo milícias digitais e ataques a ministros do STF. O atentado é visto como um reflexo da intensificação do discurso de ódio, principalmente nas redes sociais, que incita agressões a instituições e figuras públicas.
Além disso, o incidente gerou novas discussões sobre a proposta de anistia a acusados pelos atos de janeiro, com autoridades alertando para os riscos de que tal medida incentive mais violência. O STF, após o atentado, adotou reforços de segurança e intensificou as investigações sobre possíveis novas ameaças. Os ministros ressaltaram que não há espaço para violência como estratégia política e defenderam a unidade em defesa da democracia, destacando a urgência de responsabilizar os responsáveis por atentados contra as instituições republicanas.