A figura da Santa Morte, venerada por grupos marginalizados e indivíduos em dificuldades, está novamente no centro das atenções após um ataque violento durante uma celebração em León, Guanajuato. Uma líder de um culto dedicado à Santa Morte foi morta a tiros, junto com uma outra mulher e uma criança, enquanto preparavam a festividade, que coincide com as comemorações do Dia dos Mortos, nos dias 1 e 2 de novembro. O ataque resultou em oito feridos, incluindo duas crianças, e levanta preocupações sobre a crescente violência associada a esses cultos.
A Santa Morte, representada como um esqueleto feminino, não é reconhecida pela Igreja Católica, mas atrai fiéis que buscam proteção e auxílio em diversas áreas da vida, incluindo questões relacionadas ao tráfico de drogas. Os defensores da Santa Morte costumam se reunir em celebrações que, apesar de suas associações com a violência, são descritas como eventos amigáveis, onde os participantes trocam cumprimentos e pequenos presentes. O culto é muitas vezes associado a pessoas que se sentem excluídas da sociedade, como condenados e viciados em drogas.
O estado de Guanajuato enfrenta uma escalada de homicídios devido a disputas entre cartéis de drogas, o que contribui para um ambiente de insegurança. Enquanto líderes religiosos expressam sua preocupação com a relação da Santa Morte com a criminalidade e a violência, a comunidade continua a celebrar suas crenças em busca de consolo e proteção. A recente tragédia ressalta os desafios que a região enfrenta, tanto em termos de segurança quanto em relação à aceitação de cultos populares.