O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar o atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, ressaltou que o episódio de 13 de novembro reflete uma ameaça crescente à democracia no Brasil. Para o magistrado, a ação do agressor, que resultou em sua morte após o lançamento de explosivos nas imediações do Supremo e da Câmara, é mais um exemplo da violência crescente no país e de um ambiente em que o ódio e a agressividade prevalecem. Ele questionou as origens dessa escalada de violência e a influência de ideias prejudiciais importadas de outros países.
O ministro destacou também a gravidade da situação, mencionando a apreensão de artefatos perigosos encontrados na residência do agressor em Ceilândia (DF), o que revela o nível de periculosidade desses indivíduos. Em sua fala, ele lembrou que o país precisa refletir sobre como chegou a esse ponto, com uma crescente banalização de ações extremistas e ataques às instituições democráticas. Barroso enfatizou que, como sociedade, é necessário buscar um entendimento profundo sobre o que tem levado à perda de valores fundamentais.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o atentado, também se manifestou, condenando a normalização de atos terroristas e a atitude de minimizar a gravidade dos ataques contra o Estado de Direito. Ele afirmou que aqueles que praticam tais atos não são apenas negacionistas em questões de saúde, mas também em relação às instituições e à democracia. Moraes lembrou que, no contexto internacional, ações como a do agressor são classificadas como terrorismo e que os responsáveis serão devidamente responsabilizados.