Nesta terça-feira, o mercado financeiro brasileiro foca na divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que detalhará os argumentos que levaram à recente elevação da taxa Selic para 11,25%. A expectativa é que o documento ofereça novos insights sobre as perspectivas econômicas do Banco Central, especialmente em relação ao controle da inflação e ao cenário de crescimento econômico. Paralelamente, o mercado também aguarda os dados de vendas no varejo de setembro, que servirão como indicador do impacto da inflação e dos juros elevados no consumo interno.
Além disso, várias empresas estão divulgando seus balanços do terceiro trimestre, o que inclui empresas como Cury, Hapvida, BTG Pactual, e CSN. Esses resultados trimestrais são acompanhados de perto, pois indicam a resiliência e as tendências dos setores empresariais em um contexto de aperto nas condições de crédito. No cenário político, o Senado brasileiro retoma a análise do marco regulatório do mercado de créditos de carbono, enquanto a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) debate os efeitos da reforma tributária sobre a saúde, buscando assegurar alíquotas reduzidas para medicamentos, dispositivos médicos, e serviços de saúde.
No panorama internacional, o mercado financeiro reage ao retorno de Donald Trump à cena política e às movimentações econômicas globais. A oscilação do dólar, que ultrapassou os R$5,80 em meio a expectativas fiscais do governo brasileiro e incertezas políticas nos Estados Unidos, reflete um contexto de volatilidade e atenção a indicadores econômicos globais. Em Brasília, o governo brasileiro avança com discussões sobre o corte de gastos, incluindo a possível inclusão do Ministério da Defesa no pacote de contenção fiscal.