Astronautas americanos que estão em missão na órbita da Terra podem exercer seu direito de voto nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mesmo estando fora do planeta. Esse feito foi possível graças a uma lei aprovada em 1997 pela Legislatura do Texas, que permitiu aos astronautas votar a partir do espaço. O primeiro a realizar o feito foi David Wolf.
Para assegurar que o processo seja seguro e sigiloso, a Nasa utiliza sua infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN). O voto dos astronautas é transmitido de um Satélite de Rastreamento e Retransmissão de Dados até uma antena terrestre localizada no Complexo White Sands, no Novo México. De lá, a cédula segue para o Centro de Controle de Missão no Johnson Space Center, em Houston, e depois é enviada ao escrivão do condado responsável, garantindo que apenas o astronauta e o funcionário tenham acesso ao documento.
A agência espacial detalhou o funcionamento dessa logística em uma publicação de 2020. Para os astronautas, a possibilidade de votar, mesmo estando na Estação Espacial Internacional, simboliza o exercício de um direito fundamental, independentemente de onde estejam. As eleições presidenciais nos EUA são um evento de grande importância, e a participação dos astronautas reforça o compromisso de manter a cidadania ativa, mesmo durante missões espaciais.