Nos últimos anos, artistas da música têm se tornado temas de estudo em universidades ao redor do mundo, refletindo o crescente reconhecimento de suas obras como importantes expressões culturais, sociais e políticas. A Universidade de Yale, por exemplo, oferecerá, em 2025, um curso sobre o legado de Beyoncé, com foco em sua contribuição para a tradição radical negra, utilizando sua música para explorar temas como política, cultura e teoria. A proposta inclui a análise de intelectuais negros, como Frederick Douglass e Toni Morrison, dentro do contexto da música da cantora.
Outras universidades também têm seguido essa tendência, oferecendo cursos que exploram o impacto de artistas como Taylor Swift, Bad Bunny e Lana Del Rey. A Universidade de Guelph, no Canadá, oferecerá em 2025 um curso sobre Taylor Swift, abordando temas como gênero, sexualidade, política e economia, enquanto a Universidade Estadual de San Diego já analisou a trajetória de Bad Bunny e sua conexão com a cultura latino-americana. Lana Del Rey também foi tema de um curso na Universidade de Nova York, destacando suas contribuições para a música pop contemporânea.
Esse movimento acadêmico não se limita às universidades mais tradicionais. A Universidade da Carolina do Sul, em 2010, introduziu o curso “Lady Gaga and the Sociology of Fame”, abordando como a artista se relaciona com a sociologia e a cultura popular. A inclusão desses artistas em programas de estudo destaca a crescente importância da música popular como ferramenta de reflexão crítica e análise nas ciências humanas, ampliando o diálogo entre arte e academia.