A trajetória de Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão no Brasil, inspira artistas e movimentos culturais em Alagoas e em todo o país. No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, artistas locais reforçam a importância de Zumbi como ícone na luta pelos direitos dos negros e pela preservação da memória e das tradições afro-brasileiras. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares, refúgio de resistência na Serra da Barriga, que mesmo após sua destruição em 1710 permanece vivo como marco cultural e histórico.
O Coletivo AfroCaeté e a banda Vibrações são exemplos de iniciativas que reverenciam Zumbi ao fortalecer as raízes culturais negras. O AfroCaeté, criado em 2009, mantém viva a história do maracatu em Alagoas e resiste contra o apagamento das tradições afro-brasileiras, como o ocorrido no Quebra de Xangô, episódio de intolerância religiosa em 1912. Já a banda Vibrações utiliza a música para ressaltar a luta e o legado de Zumbi, abordando temas como racismo e desigualdade em suas canções, promovendo conscientização e empoderamento.
A sétima arte também presta homenagem a Zumbi, como no filme Quilombo, dirigido pelo cineasta alagoano Cacá Diegues. Lançado em 1984, o longa retrata a luta dos quilombolas no século XVII, com destaque para figuras históricas como Ganga Zumba. A obra reafirma a relevância do cinema como ferramenta para resgatar e divulgar a história de resistência negra no Brasil, conectando passado e presente na valorização da cultura afro-brasileira.