O governo argentino retirou sua delegação da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), que ocorre em Baku, Azerbaijão. A decisão foi confirmada por fontes oficiais, mas sem maiores explicações sobre os motivos. Desde que assumiu a presidência, Javier Milei implementou uma série de medidas de austeridade, incluindo cortes de gastos públicos e demissões em massa, o que pode ter influenciado a ausência do país no evento. A Argentina tem sido tradicionalmente uma voz ativa nas discussões sobre mudanças climáticas em nível internacional, o que torna esse afastamento um fato atípico.
A participação argentina na COP29 era limitada, com foco em treinamentos técnicos, e a delegação estava composta por um número reduzido de representantes. O governo argentino não divulgou publicamente mais detalhes sobre sua decisão, deixando o tema em um âmbito bilateral. A retirada ocorre em um momento em que a Argentina está para apresentar seu relatório bienal de transparência sobre mudanças climáticas e sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) até fevereiro de 2025, conforme estipulado pelo Acordo de Paris.
Especialistas e ativistas ambientais, como Oscar Soria, veem a ação como um contraste com a postura histórica da Argentina em fóruns internacionais. Enquanto isso, outros países, como o Chile, destacam que, independentemente das opiniões sobre a mudança climática, todos os países enfrentam seus impactos e devem investir em soluções resilientes. A COP29 busca avançar nas negociações sobre financiamento climático, com uma meta de aumentar os fluxos de ajuda para países em desenvolvimento, uma negociação que promete ser difícil devido a divergências entre as nações.