Na Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada na quinta-feira (14), a Argentina foi o único país a votar contra uma resolução que visa intensificar os esforços para prevenir e eliminar todas as formas de violência contra mulheres e meninas. A resolução recebeu o apoio de 170 países, com 13 abstenções, e foi endossada por diversas nações, incluindo Israel e os Estados Unidos. No entanto, a posição da Argentina se destacou devido à sua argumentação de que a resolução continha termos vagos, como “discurso de ódio” e “desinformação”, que poderiam ser usados de forma abusiva para limitar a liberdade de expressão.
Além da Argentina, países como Irã, Rússia, Nicarágua e Coreia do Norte se abstiveram de apoiar a resolução, enquanto a maioria das nações manifestou apoio à iniciativa. A votação refletiu diferentes abordagens sobre como balancear a promoção de direitos humanos com a proteção da liberdade de expressão, especialmente em um contexto global onde a segurança e os direitos das mulheres continuam a ser uma preocupação central.
Nos últimos dias, a Argentina adotou uma postura semelhante em relação a outra resolução, desta vez sobre os direitos dos povos indígenas, onde também foi o único país a votar contra. Essas decisões indicam uma tendência do país em questionar o uso de certas terminologias e princípios em resoluções internacionais, especialmente quando consideram que esses termos podem interferir em questões de liberdade política e expressão.