A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comentou sobre a saída da Argentina da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão. Para a ministra, a decisão tem um impacto político e simbólico negativo, já que vai contra as necessidades globais de enfrentar a crise climática. Silva enfatizou que todas as sociedades estão sofrendo os efeitos das mudanças climáticas, e a recusa de alguns países em adotar ações efetivas contribui para o agravamento dessa crise, que afeta a vida das pessoas e sistemas de produção em diversos setores.
Marina Silva afirmou que o Brasil continuará a pressionar os países para que cumpram seus compromissos climáticos e adotem metas ambiciosas de redução de emissões. Segundo ela, é fundamental que os países se comprometam com a mudança tecnológica e o investimento em soluções que permitam uma produção mais sustentável, menos dependente de combustíveis fósseis. A ministra destacou que os países que optarem por modelos de produção intensivos em carbono correm o risco de verem seus produtos menos competitivos à medida que a economia global transita para um modelo de baixo carbono.
Silva também alertou que, ao insistirem em economias baseadas em altos níveis de emissões, alguns países poderão se ver isolados no futuro, à medida que a economia mundial se adapta à transição energética. Ela afirmou que os maiores prejudicados serão aqueles que ainda buscam adotar modelos de produção do início do século XX, que estarão “trancados” fora das novas dinâmicas econômicas mais sustentáveis.