O aumento da urbanização no mundo impõe novos desafios à saúde pública, especialmente nas grandes cidades. A pesquisa destaca que moradores de áreas urbanas com maior quantidade de áreas verdes têm menor probabilidade de apresentar problemas como obesidade e níveis baixos de HDL-colesterol, um fator protetor contra doenças cardiovasculares. Além disso, esses indivíduos tendem a manter uma prática mais regular de atividade física, o que contribui para a saúde cardiometabólica. Os estudos realizados indicam que essas áreas verdes desempenham um papel protetor, reduzindo o risco de doenças como diabetes e doenças do coração.
A importância das áreas verdes vai além da promoção de um ambiente mais saudável fisicamente, já que elas também têm efeitos positivos sobre o bem-estar mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essas áreas ajudam a reduzir a poluição do ar e o ruído urbano, além de proporcionar conforto térmico, o que favorece a qualidade de vida. Também incentivam a prática de atividades ao ar livre e a interação social, o que fortalece a coesão comunitária e diminui os níveis de estresse.
Os resultados de estudos como o ELSA-Brasil reforçam essas evidências, associando a presença de áreas verdes a melhores indicadores de saúde entre os moradores das grandes cidades. A pesquisa sugere que a expansão dessas áreas nas cidades, especialmente em regiões vulneráveis, pode contribuir para a redução das desigualdades sociais e promover a saúde coletiva. O desenvolvimento e a preservação dessas áreas devem, portanto, ser vistos como uma estratégia importante de planejamento urbano para melhorar a qualidade de vida das populações urbanas.