A Netflix lançou a segunda temporada de “Arcane”, após quase três anos de produção, mantendo o alto nível de qualidade da primeira, com uma animação impressionante, personagens cativantes e roteiros bem construídos. No entanto, a temporada estreou com uma notícia amarga: foi anunciado que seria a última, o que gerou dúvidas sobre o futuro da série. Embora o final sugira a possibilidade de novos projetos, com várias pontas soltas e cliffhangers, nada foi confirmado oficialmente até o momento.
A temporada inicia com a intensificação do conflito entre as cidades-Estado de Piltover e Zaun, especialmente no que diz respeito às irmãs Vi e Jynx. Entretanto, à medida que a trama avança, dois novos grandes perigos surgem. O cientista Viktor, ao entrar em contato com o Arcano, se torna um agente de uma força capaz de destruir Piltover, enquanto a general Ambessa, de Noxus, busca tomar a cidade para controlar as poderosas armas de Hextec. Embora o ritmo acelerado da série consiga manter o interesse, o final deixa uma sensação de insatisfação devido à sua rapidez e falta de fechamento mais robusto.
Apesar das críticas ao desfecho apressado, “Arcane” se destaca pela coragem em se afastar da base original, o jogo “League of Legends”, e por tratar temas complexos, como um relacionamento homossexual entre as protagonistas. A série vai além das expectativas para uma produção voltada ao público jovem, arriscando-se ao abordar questões sociais de forma honesta e sem receios. Mesmo com o sentimento de que a história poderia ter sido mais desenvolvida, a segunda temporada de “Arcane” mantém-se como uma das produções animadas mais promissoras e de alta qualidade dos últimos tempos.