Uma investigação da Polícia Civil em Trindade, Goiás, concluiu que a morte da arara-canindé conhecida como Pipoca foi causada por maus-tratos, após ter suas asas cortadas de forma indevida. O animal, reconhecido por sua docilidade e liberdade, perdeu a estabilidade no voo e morreu eletrocutado ao pousar em um fio de alta tensão. A suspeita é de que um casal tenha retirado a arara de seu habitat natural, levando-a para a casa de um familiar, onde ocorreu o corte das asas.
De acordo com o delegado responsável, câmeras de segurança mostraram o casal com a arara antes de sua morte. Testemunhas relataram que o animal passou a noite em um local em construção durante a chuva, já incapaz de voar corretamente. Pipoca retornou ao seu local habitual dias depois, debilitada e com dificuldades de locomoção. Comerciantes tentaram levá-la a um veterinário, que confirmou o corte das asas. Apesar dos esforços, a arara acabou se acidentando fatalmente.
O caso será tratado como crime de maus-tratos, previsto na Lei de Crimes Ambientais. A polícia acredita que o casal tinha a intenção de capturar o animal para si. A morte de Pipoca gerou grande comoção entre os moradores da região, onde ela era considerada símbolo de liberdade e afeto, sendo admirada por sua interação pacífica com as pessoas e o ambiente.