O aumento das temperaturas no Brasil tem reduzido o intervalo entre os ciclos de surtos de dengue, alerta o infectologista Estevão Urbano. Antes, a elevação dos casos acontecia a cada quatro anos, mas agora ocorre a cada dois, um fenômeno relacionado ao aquecimento climático que favorece o ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
Este ano, Minas Gerais registrou mais de mil mortes e aproximadamente 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde. O número expressivo de casos reflete a intensificação da proliferação de arboviroses, causada pelo aumento da temperatura, que acelera a reprodução do mosquito e, consequentemente, a transmissão da doença.
Especialistas alertam que, para evitar novos surtos, especialmente em 2025, é necessário investir em medidas de prevenção e controle do vetor. Iniciativas como campanhas de conscientização, eliminação de criadouros e aprimoramento da infraestrutura de saúde são apontadas como essenciais para reduzir o impacto dessa doença, que tem se tornado mais frequente e grave no contexto das mudanças climáticas.