Em uma das maiores apreensões de cigarros eletrônicos já registradas no Brasil, autoridades federais confiscaram mais de 300 mil unidades de vapes no porto de Santos, São Paulo, avaliados em aproximadamente R$ 23 milhões. Embora o destino final dos produtos fosse o Uruguai, há indícios de que eles voltariam ao Brasil como contrabando. Esta apreensão reflete o esforço contínuo da Receita Federal em fiscalizar a importação de mercadorias ilegais, em especial no porto de Santos, um importante ponto de entrada de carga no país.
As investigações revelaram que os vapes ilegais partiram de Nansha, na China, com destino a Montevidéu, no Uruguai. No entanto, evidências sugerem que muitos desses produtos iriam do Uruguai ao Paraguai e, posteriormente, retornariam ao Brasil, desrespeitando a proibição imposta pela Anvisa. O escaneamento dos contêineres e o odor característico desses produtos ajudaram a identificar a carga ilícita, que estava escondida atrás de caixas de ventiladores, levando os fiscais a desconfiar da documentação apresentada.
A venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil, devido aos potenciais riscos à saúde, como problemas pulmonares e a alta dependência provocada pela nicotina em níveis elevados. A Anvisa reforça a proibição desses produtos em ambientes fechados e coletivos e, recentemente, a Receita Federal implementou regulamentações mais rígidas para conter a entrada de vapes no território nacional, mesmo em cargas destinadas a outros países.