Em Barcarena, nordeste do Pará, a Receita Federal interceptou 237 toneladas de minério de cobre, avaliadas em cerca de R$ 1,7 milhão, que estavam sendo enviadas para a China. Esta é a 20ª apreensão no Porto de Vila do Conde somente neste ano, e as autoridades destacaram a ocorrência de inconsistências nos documentos fiscais, como o Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), muitas vezes emitidos após a chegada da carga. Essas irregularidades levantaram suspeitas sobre a operação e indicam uma possível tentativa de camuflar a verdadeira natureza da transação.
Análises mais detalhadas revelaram que não havia comprovação de recursos financeiros lícitos para realizar a transação. Além disso, surgiram indícios de crimes como falsidade ideológica, usurpação de recursos minerais, crimes ambientais e lavagem de dinheiro. A ausência de registros financeiros claros e as irregularidades na documentação reforçam a hipótese de uma operação ilegal, possivelmente envolvendo práticas que vão além das simples infrações administrativas.
A Receita Federal informou que encaminhará uma representação ao Ministério Público Federal para que as investigações sejam aprofundadas. O objetivo é garantir que os envolvidos sejam devidamente responsabilizados, tanto na esfera civil quanto na penal. As autoridades continuam vigilantes e comprometidas em coibir práticas ilícitas que afetam o setor de exportação de recursos naturais no Brasil.