Após quase 70 dias sem receber navios devido à severa seca que afetou o Rio Negro, Manaus voltou a receber embarcações cargueiras no dia 26 de novembro. Os navios Mercosul Suape e Jacarandá atracaram no Porto Chibatão, trazendo mais de dois mil contêineres de insumos e produtos para abastecer a indústria local. Este retorno marca a superação dos desafios causados pela baixa histórica do nível das águas, que afetou a navegação e a logística da região.
O Rio Negro atingiu o ponto mais baixo em mais de 120 anos, chegando a 12,11 metros, o que provocou o fechamento de áreas como a Praia da Ponta Negra e a formação de bancos de areia ao longo da orla. A estiagem também impactou diretamente a Zona Franca de Manaus, obrigando empresas a buscar alternativas, como a instalação de um píer flutuante em Itacoatiara, para garantir a continuidade das operações comerciais.
Com a recuperação do nível do rio, que já subiu mais de dois metros desde novembro, as expectativas para a economia local são otimistas. Segundo a direção do Porto Chibatão, o retorno das embarcações cargueiras representa a retomada do fluxo econômico e o compromisso de fortalecer a logística regional, essencial para o funcionamento da Zona Franca de Manaus e o abastecimento da indústria amazonense.