Os apagões recentes na região metropolitana de São Paulo, como o ocorrido em 11 de outubro, afetaram cerca de 2 milhões de pessoas e colocaram em evidência o impacto desses eventos climáticos no mercado de seguros. As seguradoras já pagaram cerca de R$ 13 milhões em indenizações devido a danos provocados pelo temporal, com um número significativo de sinistros envolvendo residências, além de empresas e automóveis. As coberturas mais demandadas para esses casos incluem danos elétricos, vendaval e alagamento, que protegem os segurados contra perdas causadas por falhas de energia e fenômenos climáticos extremos, como raios, inundações e quedas de granizo.
O custo do seguro residencial no Brasil é considerado acessível, com valores médios de R$ 40,00 a R$ 60,00 por mês, dependendo do tipo de imóvel e das coberturas contratadas. No entanto, a contratação de coberturas adicionais, como danos elétricos, tem se tornado cada vez mais comum, especialmente após apagões, quando sobrecargas elétricas podem danificar aparelhos eletrônicos. Apesar da crescente demanda por seguros devido aos eventos climáticos mais frequentes, as seguradoras afirmam que, por enquanto, os preços não devem sofrer grandes mudanças, já que os ajustes são feitos com base em métricas atuariais a longo prazo.
A procura por seguros residenciais no Brasil tem aumentado nos últimos anos, com crescimento significativo na arrecadação do setor, que somou R$ 4 bilhões nos primeiros oito meses de 2024. Contudo, o mercado de seguros ainda enfrenta desafios relacionados à baixa penetração, com apenas 15% dos imóveis residenciais no país cobertos por apólices. Especialistas alertam que, mesmo com o aumento das apólices, muitas residências ainda não têm proteção contra danos elétricos, um aspecto que os corretores buscam reforçar para garantir maior segurança financeira dos segurados em face dos riscos climáticos.