Em 2024, o mundo provavelmente registrará seu ano mais quente, com uma temperatura média global que excede o limite estabelecido pelo Acordo de Paris em 2015. Segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus, a temperatura deste ano deve ultrapassar em 1,55°C os níveis pré-industriais. O acordo climático buscava limitar o aquecimento global a 2°C e, idealmente, a 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais, metas consideradas essenciais para evitar consequências climáticas irreversíveis, como secas e tempestades catastróficas.
Este novo recorde destaca as dificuldades para controlar o aumento da temperatura global e reforça a urgência para os países reforçarem seus compromissos de redução de emissões. Mesmo com a meta de 1,5°C sendo estabelecida como média de longo prazo, a possibilidade de ultrapassá-la no curto prazo levanta preocupações sobre os efeitos acumulativos do aquecimento global. Delegados da COP29, que ocorrerá em Baku, Azerbaijão, enfrentam agora a pressão de encontrar novas soluções para a crise climática.
Dados recentes indicam que outubro de 2024 foi 1,65°C mais quente do que os níveis pré-industriais, continuando uma tendência de meses com temperaturas elevadas, acompanhada de eventos extremos na Europa, como as enchentes em Valência, Espanha. Relatórios da ONU mostram que, sem mudanças significativas nas emissões, as temperaturas podem atingir entre 2,1°C e 2,8°C acima dos níveis pré-industriais até o final do século, alertando para os riscos de uma escalada climática difícil de reverter.