O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou controvérsia ao criticar a vice-presidente Kamala Harris de maneira pessoal. Segundo a analista Fernanda Magnotta, essa estratégia pode não ter os efeitos desejados nas eleições. Trump tende a conduzir duas campanhas: uma oficial, com estratégia definida, e outra mais impulsiva, na qual sua própria visão prevalece. Embora seus ataques energizem sua base atual, eles não são suficientes para conquistar novos eleitores, especialmente em um cenário eleitoral competitivo.
Magnotta ressalta que, em uma corrida acirrada, os votos decisivos virão de eleitores moderados e independentes, que geralmente rejeitam ataques ad hominem. A analista observa que, ao focar em atacar Harris, Trump não está abordando questões políticas que poderiam ressoar com esses eleitores. Em contraste, Harris evita ataques pessoais e se concentra em criticar as ações de Trump como presidente, o que reflete uma estratégia mais alinhada com as lições aprendidas pelos democratas em campanhas anteriores.
A especialista destaca a importância de estados como Wisconsin, onde as margens de vitória foram estreitas nas últimas eleições. A abordagem de Trump, ao atacar o intelecto de Harris, pode ser contraproducente para conquistar eleitores de áreas suburbanas e regiões afetadas pela desindustrialização, essenciais para sua vitória. Assim, a análise sugere que, embora Trump ganhe visibilidade com suas declarações, isso não se traduz em novos votos necessários para o sucesso eleitoral.