Três associações financeiras que representam instituições de pequeno e médio portes manifestaram oposição a um projeto de lei em tramitação no Congresso que propõe elevar o limite de garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Atualmente, a cobertura é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição, com teto de R$ 1 milhão. O texto sugere aumentar esse limite, mas as entidades argumentam que a mudança beneficiaria principalmente investidores de alta renda, sem atender à maior parte dos depositantes, já que o valor atual já cobre mais de 99% das contas e depósitos no país.
As associações alertam que a proposta teria impactos financeiros significativos para as instituições menores, que precisariam contribuir mais ao FGC. Esse custo adicional seria proporcionalmente mais pesado para bancos de pequeno e médio portes, reduzindo sua competitividade no mercado e aumentando os custos de captação. Como consequência, os juros para crédito poderiam subir, afetando principalmente os consumidores de menor renda e mais endividados.
Os autores do projeto justificam a medida como uma tentativa de alinhar o Brasil a práticas internacionais, mas as associações destacam que isso pode ampliar desigualdades no sistema financeiro e encarecer o crédito, gerando efeitos adversos para a população mais vulnerável. A proposta segue em análise e ainda deve enfrentar debates sobre seu impacto na estabilidade e acessibilidade do mercado financeiro brasileiro.