De Cuba à Argentina, a América Latina demonstrou preocupações e expectativas com as possíveis políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reeleito para um novo mandato. Em países como a Argentina, muitos esperam que o bom relacionamento de Trump com o presidente argentino, Javier Milei, possa beneficiar a economia local, que enfrenta uma prolongada recessão. Esse otimismo teve reflexo no mercado financeiro, com a valorização de títulos argentinos em dólar e a queda no índice de risco do país. Para alguns argentinos, a proximidade entre Trump e Milei pode representar uma oportunidade para fortalecer a economia argentina e estreitar laços comerciais.
No entanto, ao norte da região, o clima é de apreensão. Venezuelanos manifestaram temores de que as políticas migratórias de Trump possam prejudicar seus compatriotas que residem nos Estados Unidos, onde já enfrentam desafios significativos devido a medidas restritivas de imigração. A incerteza sobre possíveis ações do governo norte-americano em relação à imigração preocupa tanto aqueles que estão fora quanto os que esperam oportunidades de sair da Venezuela.
Em Cuba, o sentimento é predominantemente pessimista. Os cubanos expressaram preocupações de que o segundo mandato de Trump poderá prejudicar ainda mais a economia local, que já sofre com sanções e restrições. O impacto esperado nas condições econômicas e a possibilidade de maior rigor em políticas migratórias e de segurança aumentam o receio entre os cubanos sobre o futuro das relações entre os dois países. Assim, cada país da América Latina demonstra expectativas distintas quanto ao impacto das políticas de Trump na região, variando entre esperança e preocupação.