O Brasil registra mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, com uma estabilização nas últimas semanas. Apesar disso, especialistas preveem aumento de casos nos próximos meses, uma vez que a dengue segue um padrão sazonal, com picos geralmente entre fevereiro e abril. Este ano, o aumento dos casos começou em outubro, marcado por 45.635 novos registros, impulsionados por altas temperaturas e o início do período de chuvas.
Comparando os dados de 2024 com anos anteriores, a situação se mostra mais preocupante do que em 2023. Para enfrentar o problema, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora,” focada na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. Apesar da disponibilidade da vacina Qdenga no país, as autoridades priorizam o controle do vetor em vez de campanhas de vacinação em massa.
A gravidade da situação é reforçada pelos números: 5.835 mortes confirmadas por dengue em 2024 e uma taxa de incidência de 3.226 casos para cada 100 mil habitantes, caracterizando um cenário epidêmico segundo a OMS. Com 1.167 óbitos ainda sob investigação, o Brasil reforça a necessidade de intensificar ações preventivas e conscientização da população para evitar a proliferação do mosquito e reduzir o impacto da doença nos próximos meses.