O petróleo encerrou a sexta-feira com queda significativa, principalmente devido ao fortalecimento do dólar e à percepção de que o novo governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, adotará políticas protecionistas. O temor de uma desaceleração na demanda, impulsionado pela falta de novas medidas de estímulo econômico da China, contribuiu para a retração dos preços. O WTI caiu 2,73%, para US$ 70,38, enquanto o Brent recuou 2,32%, sendo negociado a US$ 73,87. No entanto, na semana, ambas as referências registraram ganhos modestos, com alta de 1,2% para o WTI e 1,05% para o Brent.
A diminuição dos riscos de impacto do furacão Rafael na produção norte-americana de petróleo e gás ajudou a conter a volatilidade, enquanto investidores especulam sobre como futuras políticas de Trump podem influenciar a oferta. Há uma expectativa de aumento das sanções contra o Irã, o que pode limitar suas exportações de petróleo, afetando o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global.
Além disso, a possibilidade de um excesso de oferta em 2025, especialmente se a Opep+ mantiver o plano de aumento de produção, adiciona pressão de baixa nos preços do petróleo. Analistas observam que, com a desaceleração do consumo global, há poucas perspectivas de recuperação de preço no curto prazo. A recente alta do dólar, intensificada por políticas de restrição comercial dos EUA e novas nomeações para cargos estratégicos, também colabora para o enfraquecimento do mercado de petróleo, segundo especialistas.