Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, apontou que o preço das carnes teve um aumento significativo, chegando a uma média de 5,81% em relação ao mês anterior. Esse reajuste nos valores foi impulsionado por diversos fatores, como a seca, que afeta o pasto e limita a quantidade de gado disponível para abate, além de uma alta nas exportações e a desvalorização do real frente ao dólar, o que eleva o preço dos produtos exportados e reduz a oferta interna.
Especialistas explicam que o câmbio desfavorável e a demanda crescente, tanto interna quanto de mercados como a China, elevam ainda mais os preços no mercado brasileiro. Economistas ressaltam que, com o aumento do dólar, exportadores brasileiros têm priorizado o envio de carne ao exterior, pois essa operação traz retornos financeiros maiores. Esse movimento, somado à redução no número de animais disponíveis e à alta demanda local, tem pressionado os preços nos supermercados, mas ainda encontra consumidores dispostos a absorver o aumento.
Além do impacto nas carnes, a inflação também foi impulsionada pela alta na energia elétrica. Com um cenário de demanda aquecida e previsões de continuidade na pressão dos preços, os consumidores brasileiros enfrentam desafios no orçamento doméstico. Segundo os especialistas, a perspectiva é de que esses aumentos persistam nos próximos meses, impactando diretamente a economia familiar e a cesta de consumo no Brasil.